Biossegurança é a saída para a retomada segura dos salões de beleza

Antes da pandemia a questão da biossegurança já era um assunto muito discutido nos espaços de beleza. As profissionais dessa área precisam ter um contato grande e muito próximo com os clientes. Depiladoras, profissionais de extensão de cílios e até manicures já mantinham na antiga realidade o uso de alguns equipamentos de proteção individual (EPI’s) como luvas, máscaras e jalecos, para evitar possíveis contaminações com bactérias, fungos e vírus.

Agora, com o contágio acelerado do novo coronavírus, se proteger se tornou uma necessidade coletiva. Conversamos com a Daniela Pontes, profissional de biossegurança, com especialização da área da beleza, que deu algumas dicas para manter como prioridade a saúde dos profissionais e dos clientes.

– “A sua máscara me protege e a minha máscara te protege.” Em maio deste ano foi decretado que o uso de máscaras seria obrigatório, pelo menos no Estado de São Paulo. Para os profissionais da área da beleza o ideal é optar por máscaras de TNT descartáveis. É importante lembrar que o uso dela é válido por apenas duas horas, ou quando ficar úmida.

“A máscara de pano é mais pesada e pode escorregar do rosto, isso faz com que o profissional leve a mão até ela para arrumá-la, aumentando o risco de contaminação”, afirma a especialista.

– No caso das manicures o uso da luva é indispensável. “Antes da pandemia já era ideal que todas as profissionais usassem porque elas podem ter contato direto com o sangue ou algum fungo presente na unha das clientes”, relata Daniela.

– Se no seu salão você é responsável por mais de uma função, é importante optar por agendamentos espaçados para evitar a realização de dois procedimentos ao mesmo tempo. “Enviar um questionário para cliente 48h antes da realização do serviço é super importante para saber como a saúde dela está e se ela pode apresentar algum risco para o espaço”.

– Investir em descartáveis é a nova saída. Se seu salão tinha uma área para café, por exemplo, chegou a hora de trocar as porcelanas por copos plásticos. Optar por embalagens de açúcar em sachê também podem ajudar.

– Mudança de decoração pra já! Além do espaçamento entre as cadeiras e os lavatórios vale retirar todos os itens de acesso coletivo, como catálogos e revistas. “Após cada atendimento a limpeza e desinfecção é obrigatória, então retirando esses itens você pode otimizar o tempo e focar numa higienização de qualidade.

– Na chegada ao salão é importante que o profissional de beleza lave bem as mãos e retire todos os acessórios que podem facilitar o contágio, como brincos, anéis, relógios. “Se possível levar uma muda de roupa e um par de sapatos para usar apenas no salão. Prender os cabelos também é importante”.

– A colaboração dos clientes nesse momento é imprescindível. Por isso, solicitar que eles não levem pet, nem acompanhantes e, se possível, optarem pelo pagamento com cartão ou transferência bancária para evitar o contato direto com o dinheiro podem reduzir os riscos de contágio. “Embalar a maquininha em plástico filme pode facilitar na desinfecção após o uso”.

– Treine sua equipe. Explicar todas as mudanças para os colaboradores ajuda a fazer com que todas as novas medidas de prevenção sejam seguidas com cautela.

Vale lembrar que manter a carteirinha de vacinação em dia também é uma dica valiosa.

“Todo profissional dá beleza tem o dever de seguir as boas práticas de biossegurança”, afirma Daniela.  Nesse momento tão delicado e de atenção redobrada, colocar como prioridade a sua saúde, das suas clientes e dos seus colaboradores é também um ato de compaixão e empatia.

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